segunda-feira, 11 de junho de 2012

Como rejuvenescer as mãos?

A cirurgia plástica aperfeiçoou técnicas que melhoram o contorno das mãos, como o enxerto de gordura do próprio corpo. No Brasil, esse tipo de procedimento ainda não é comum, pois a técnica é recente e a população ainda desconhece esse recurso estético. O cuidado com as mãos, por recuperar uma região que fica exposta praticamente o tempo todo, pode representar o rejuvenescimento corporal como um todo.

O enxerto é feito através de uma lipoaspiração, em que é coletada a gordura a ser utilizada como preenchimento. Este material é centrifugado, lavado e peneirado, aproveitando-se as células íntegras, inclusive células-tronco, da área lipoaspirada. A técnica de enxerto tem indicação a partir da idade em que foram detectados os sinais de envelhecimento das mãos, aproximadamente aos 50 anos. A principal indicação é o rejuvenescimento.

O uso do tecido adiposo preenche o tecido subdérmico ? localizado abaixo da pele - que é absorvido com o envelhecimento. A gordura enxertada devolve o volume perdido, dando uma aparência mais jovial às mãos. Além disso, em muitos casos as manchas senis melhoram consideravelmente após a enxertia. Isto se deve a presença das células-tronco mesenquimais, encontradas na gordura da área doadora.

A cirurgia pode ser feita com anestesia local e o paciente pode ficar acordado durante o procedimento. Dependendo da lipoaspiração, a cirurgia demora em média duas horas. O tempo de recuperação é bastante satisfatório, no dia seguinte a paciente pode realizar movimentos suaves com as mãos. Só existem restrições a esforços, movimentos repetitivos e exposição ao sol por um mês. O estudo com células-tronco ainda está em fase experimental.

O isolamento destas células ainda é muito complexo e o uso de células embrionárias é proibido na maioria dos países. Afirmações sobre o tratamento das manchas senis de maneira definitiva e da melhora do movimento das mãos - em quem tem dificuldades funcionais - ainda são controversas. As discussões são baseadas em observações clínicas e, portanto, ainda não podemos atribuir a melhora de doenças que causam diminuição da mobilidade das mãos ao uso de células tronco. No entanto, há um futuro muito promissor neste campo de atuação médico-científica.
    
                                                                                                   André Eyler