domingo, 19 de junho de 2011

Médica infectologista alerta sobre os riscos no salão de beleza

Toda mulher sabe que é comum acontecer algum sangramento durante alguns dos tratamentos; o que pouca gente sabe é que para uma esterilização eficiente não basta passar álcool ou acetona nos instrumentos.O vírus da hepatite B, por exemplo, sobrevive até sete dias mesmo em superfícies metálicas, e alguns fungos, pelo mesmo período.

A maioria dos tratamentos feitos em salão de beleza envolve algum tipo de risco de contaminação, por doenças fúngicas (causadas por fungos), herpes e outras doenças virais, porque se compartilham instrumentos perfurocortantes, como o alicate de cutícula.Entre as doenças que podem ser transmitidas, se os instrumentos não forem esterilizados adequadamente, estão herpes, hepatite B e C e SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
A esterilização deve ser feita em um aparelho chamado autoclave, também utilizado nos hospitais.Por isso a cidade de Curitiba tem hoje uma lei que obriga os salões de beleza a terem uma pequena autoclave para seus instrumentos.Você pode se certificar de que seu salão efetua uma verdadeira esterilização, ou levar seus próprios alicates, espátulas e tesouras de unha, e não compartilhá-los com ninguém.

Segundo Marta Fragoso, médica infectologista dos Hospitais Vita Batel e Vita Curitiba, enquanto os instrumentos de metal precisam ser esterilizados, os de madeira devem ser simplesmente descartados, o que inclui lixas e palitos.As baciazinhas e outros recipientes para água morna, para mãos e pés, podem estar contaminados com fungos, e transmitir a onicomicose, uma micose de unha difícil de ser tratada, ou mesmo a conhecida frieira.No caso de depilação, a cera também deve ser descartável.O reaproveitamento da cera pode ser um vetor para transmissão de micoses.

Revista VITAL