sábado, 19 de fevereiro de 2011

Como lidar com as amizades dos filhos

As amizades são importantes para o desenvolvimento psicossocial das crianças e possibilitam a aquisição de habilidades no convívio grupal. Esse contato social permite que a criança ou adolescente saiba mais sobre si mesmo e sobre o mundo. O aprendizado é construído na medida em que a criança amadurece, e nesse processo ela apreende noções como limites, respeito, semelhanças e diferenças, competição e solidariedade.

A criança nasce com parte de sua personalidade formada pelos traços genéticos parentais, porém esses traços mudam de acordo com o que a criança vive e com as relações que ela estabelece com o mundo. Tudo o que a criança observa, percebe ou interage irá, em maior ou menor grau, influenciar na formação da sua personalidade. Não se pode deixar de lado o modo como a criança interpreta o que vê e ouve, pois é a sua interpretação da realidade que influencia na formação da sua personalidade.

Os filhos devem ser educados com os valores escolhidos pelos pais desde a primeira infância, e não depois de crescidos, no momento em que precisarão fazer isso desses valores. Do mesmo modo deve ser ensinada a escolha de boas amizades - pelo exemplo dos próprios pais. Quando as crianças começam seus laços de amizades, lá pelos 3 ou 4 anos, os pais devem estar presentes, intermediando as relações dos filhos com seus amigos nos momentos de discórdias. Com o tempo, os pais devem se afastar um pouco, assim que perceberem que os filhos conseguem resolver sozinhos suas diferenças com os amigos. Durante a adolescência, a participação dos pais fica bem mais limitada, porém isso não quer dizer que devem distanciar-se. Nesses casos, o diálogo franco e aberto é o melhor caminho para lidarem com as escolhas de amizades dos filhos.

Seja na infância ou adolescência, os pais devem estar sempre atentos as amizades dos filhos. Conhecer os amigos, torná-los próximos da família e manter os limites de respeito não invasivo colaboram nessas relações. Os pais podem interferir nas amizades escolhidas caso percebam que elas são gravemente prejudiciais aos filhos. De qualquer modo, isso deve ocorrer através de um diálogo honesto entre pais e filhos.


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