sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Confira sete verdades sobre melanoma

O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no País, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O melanoma é o mais agressivo deles e representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão. Para saber mais sobre essa doença, confira as explicações do dermatologista Mauro Enokihara, atual conselheiro científico do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM) e conselheiro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD):

1) Entre os principais fatores de risco estão pele clara e sensível ao sol, que se queima com facilidade; cabelos loiros ou ruivos; olhos azuis ou verdes; existência de muitas pintas espalhadas pelo corpo (100 ou mais); pintas com formatos incomuns ou irregulares, geralmente em tamanho maior; histórico de exposição excessiva ao sol ou utilização de bronzeamento artificial; casos de melanoma na família; ocorrência prévia de melanoma e ter 50 anos ou mais;

2) Mudanças de cor, formato ou tamanho de uma pinta pode ser indício da doença. Outras alterações que podem sinalizar o aparecimento da patologia são pintas que sangram, doem ou coçam. No entanto, nem todos os melanomas se desenvolvem em uma pinta já existente ou próximos a ela. Em alguns casos, aparecem repentinamente na pele sadia. Portanto, é preciso ficar atento ao surgimento de pintas ou manchas;

3) A maioria dos melanomas é do tipo extensivo superficial, manchas com cores diferentes (heterocromia), bordas irregulares, tamanhos e formatos diversos, mais comuns nos membros inferiores, no sexo feminino, e no tronco, no sexo masculino;

4) Nem todos os melanomas são decorrentes da radiação UV. Embora a maior parte se desenvolva em áreas expostas do corpo, alguns podem ocorrer em regiões "cobertas";

5) O diagnóstico precoce é fundamental, pois apresenta altos índices de metástases (espalhar pelo corpo) se descoberto tardiamente;

6) O tratamento varia conforme as condições de saúde do paciente, localização, agressividade e extensão do tumor. O tratamento de escolha ainda é a cirurgia. Dependendo do estágio do câncer, a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia são outras modalidades terapêuticas que podem ser empregadas. Quando há metástase, a enfermidade não tem cura na maioria das vezes, mas existem muitas estratégias que permitem melhorar a qualidade de vida do paciente;

7) Como existe a possibilidade de a doença voltar, é fundamental o acompanhamento do paciente por anos, com consultas regulares e exames complementares, tais como DHL, radiografia do tórax, ultrassom abdominal. Orientações sobre autoexame da pele e fotoproteção são indispensáveis.


Terra Saúde